A segunda região mais importante quando se trata das alterações posturais é a cintura escapular. Isso porque esta é a região que recebe maior sobrecarga diariamente.
Quem já não se deparou com um trapézio “extremamente” tenso e “cheio” de nódulos?
Essas são queixas frequentes em nossos consultórios e a manutenção de um bom posicionamento da cintura escapular e da cervical são essenciais para reduzir essas queixas.
Para que a cintura escapular se mantenha em uma posição favorável e adequada é necessário que estejamos sempre buscando o equilíbrio entre uma série de músculos que a compõe, chagando ao tão temido “equilíbrio escapular”.
A cintura escapular tem em sua formação:
Articulações:
Acromio Clavicular
Esterno clavicular
Escápulo Umeral
Escápulo Toracica
Músculos posteriores:
Trapézio superior
Elevador da escápula
Trapézio médio
Romboides
Trapézio inferior
Serrátil
Músculos anteriores:
Peitoral maior/peitoral menor
Subclávio
Esses músculos se combinam, sendo sinergistas e agonistas em diversos movimentos:
Elevação: Trapézio superior + elevador da escapula
Depressão: Trapézio inferior e serrátil anterior
Adução escapular: trapézio médio + romboides
Abdução escapular com anteriorização do ombro: peitoral menor + subclávio
Esses são em geral os principais movimentos que levam as alterações posturais da cintura escapular, e durante uma avaliação criteriosa podemos identificar suas contraposições. Ou seja, a fraqueza de um músculo pode estar relacionada a uma alteração postural oposta, enquanto a tensão de outro músculo leve a um movimento indesejado.
Exemplos:
Ombro elevado : Fraqueza de trapézio inferior e serrátil anterior ou tensão de trapézio superior e elevador da escápula
Ombro anteropulsionado = escápula abduzida : fraqueza de trapézio médio e romboides ou tensão de peitoral menor e subclávio.
Para que possamos trabalhar de forma correta, a avaliação passa a ser parte essencial do processo de reabilitação, pois será a única forma de sabermos quais os músculos estão verdadeiramente afetados, se o problema postural está relacionada a tensões musculares ou as fraquezas de seus antagonistas.
Após descobrir quem está provocando a alteração ficará mais fácil escolher dentro do repertório do pilates quais exercícios irão alcançar o nosso objetivo. Por isso, comece seu atendimento com uma boa avaliação e trace para cada alteração postural encontrada um objetivo a ser alcançado, assim você tem um sucesso terapêutico enquanto seu paciente se livra daquela indesejada alteração de postura.
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Venha para o curso de Anatomia e Biomecânica aplicada ao Pilates pela MA Cursos.
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