Um músculo que abriga um Pg é impedido pela dor de conseguir sua amplitude de comprimento alongado, o que também restringe sua força e/ou resistência. Clinicamente o Pg é identificado como ponto de sensibilidade localizado em um nódulo de uma banda tensa palpável de fibras musculares. A amplitude restrita do movimento alongado e o aumento palpável na tensão do músculo são mais graves em Pgs ativos.
O que o cliente relata ou sente quando tem presença de ponto gatilho?
- Resposta Contrátil Local
Em 1955 Travell e Weeks & Travell relataram contração localizada de parte do músculo quando o Pg era rolado sobre os dedos. A contração poderia ser vigorosa o bastante para causar espasmo perceptível daquela parte do corpo. Os Pgs ativos são identificados quando os pacientes reconhecem a dor que é induzida pela aplicação da pressão. As fibras da banda tensa respondem com uma resposta contrátil local quando a banda tensa é acessível e quando o Pg é estimulado por uma palpação transversal adequadamente aplicada.
As respostas contráteis estão fortemente associadas á presença de Pgs, e esse achado são provavelmente o teste clinico isolado, mais especifico de um Pg (Hong, 1994). Entretanto a extensão que as respostas contrateis podem ser produzidas por outras partes do músculo, particularmente em uma área de entesopatia, não foram avaliadas de forma critica. A entesopatia por definição, só é encontrada na are de inserção, nas extremidades das fibras musculares, onde os Pgs estão intimamente associados com as placas terminais, que estão localizadas próximo ao meio das fibras musculares. A utilidade diagnostica clinica da resposta contrátil está limitada àqueles músculos em que ela pode ser identificada de forma confiável visualmente, pela palpação ou pela imagem de ultra-som. A resposta contrátil local é o mais difícil dos sinais diagnósticos a serem produzidos de forma confiável manualmente, e relativamente poucos examinadores desenvolveram a habilidade necessária para desenvolvê-lo.
- Banda Tensa
O achado de uma banda tensa palpável, em si, pode ser ambíguo porque também pode ser observado em indivíduos sem dor e sem outras evidencias clinicas de fenômenos de Pg (Njoo, 1994; Wolfe, 1992). A presença de um nódulo palpável na banda tensa não foi testada como critérios possíveis de Pgs miofasciais, mas alguns clínicos observam o fenômeno rotineiramente, e o nódulo pode ser esperado conforme a patogênese dos Pgs. Estruturas palpáveis normais, como septos intramusculares, não devem ser sensíveis. A busca apenas de uma banda tensa é mais limitada ainda pela inacessibilidade de muitos músculos à palpação manual satisfatória. Entretanto, embora jamais testada experimentalmente, a presença de sensibilidade local combinada com uma banda palpável e um nódulo deve ser bastante confiável se o examinador for hábil em detectar essas estruturas. A adição de um nódulo palpável no ponto sensível como um critério pode aumentar a sensibilidade diagnostica.
Vários autores como Patton, 1948 e Telling, 1935, reconhecem como os detalhes da técnica de palpação são fundamentais para a localização das bandas tensas.
Esfregando-se suavemente na direção das fibras musculares de um músculo superficial, o examinador pode sentir um nódulo de Pg e uma enduração tipo corda que se estende desse nódulo até a inserção das fibras musculares tensas em cada extremidade do músculo. A banda tensa pode ser pressionada ou rolada sobre o dedos nos músculo acessíveis. Para este processo de palpação é necessário um posicionamento muscular adequado, o ideal de um músculo para a palpação se dá em posição levemente mais alongada do que a posição relaxada. Neste caso as fibras ainda não envolvidas, estão soltas, mas as fibras da banda tensa estão colocadas em tensão adicional alongando-se o músculo até o ponto de aumento perceptível na resistência ao movimento. Isso produz uma distinção palpável máxima entre o tônus normal das fibras não-envolvidas e a tensão aumentada das fibras da banda tensa. Essa tensão também é ideal para provocar a resposta contrátil local, e para torná-las mais visíveis. O alongamento pode estar à beira de provocar dor, mas deve provocar no máximo apenas um desconforto local (Simons, 2005). Com a inativação dos Pgs, esse sinal palpável torna-se menos tenso e com freqüência desaparece às vezes imediatamente. Segundo Chaitow, a banda tensa que se contrai se um dedo passar através dela, é tensa, mas não fibrosada, já que ela irá atenuar e relaxar se o tratamento adequado for aplicado, algo que o tecido fibrótico não pode fazer.
- Nódulo sensível
A palpação ao longo da banda tensa revela um nódulo que exibe um ponto muito bem localizado e intensamente sensível que é característico de um Pg. Quando se explora a sensibilidade dolorosa desse foco sensível, um deslocamento de dois cm do algômetro produz uma elevação significativa da leitura algométrica do limiar de dor. Clinicamente um deslocamento de um a dois mm em um Pg pode resultar em resposta de dor marcantemente reduzida.
- Áreas de referencia
A área alvo para onde o Pg refere dor será a mesma em todo mundo se o Pg está na mesma posição, mas esta distribuição de dor não se relaciona com os caminhos neurais.
Segundo Chaitow supõe-se que a forma de transmissão da dor para um local distante envolve um dentre vários mecanismo neurológicos, e provavelmente envolve as mensagens de dor confusas do cérebro que ele recebe de várias vias diferentes.
A dor referida reconhecida, que reproduz a queixa dolorosa do paciente, identifica o Pg ativo e aumenta a especificidade do diagnostico. Uma dor não reconhecida, que corresponda às zonas de referencia conhecidas do Pg examinado, produz um resultado inespecífico (Hong, 1996).
O padrão de dor referida espontânea relatada pelo paciente é um indicador muito útil de onde começar a buscar os Pgs (Simons, 2005).
- Amplitude de movimento limitada
Os músculos com Pgs miofasciais tem seu alongamento restrito devido à presença da dor, como demonstrado por Macdonald (1980), provocando por conseqüência uma diminuição da amplitude articular. Uma tentativa de alongar passivamente o músculo além desse limite produz dor cada vez mais forte, porque as fibras musculares envolvidas já estão sob uma tensão substancialmente aumentada. No comprimento de repouso. Quando o Pg é inativado e abanda tensa é liberada, a amplitude do movimento retorna ao normal.
- Contração dolorosa
Quando um músculo com Pg ativo é fortemente contraído contra uma resistência fixa, o paciente sente dor (Macdonald, 1980). Esse efeito é mais marcante quando uma tentativa para contrair o músculo em posição encurtada é feita (Simons e Travell, 2005).
- Fraqueza
Embora a fraqueza seja em geral característica de músculos com Pgs miofasciais ativos, a magnitude é variável de músculo para músculo e de individuo para individuo. Estudos eletromiograficos feitos em 1990 e 1997 por Headley, indicam que em músculos com Pgs ativos, o músculo inicia seu movimento fatigado, se cansa mais rapidamente e se esgota mais cedo que os músculos normais.
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