O nosso controle da urina acontece quando há equilíbrio entre as estruturas ósseas da pelve (ossos do quadril), ligamentos, fáscias e músculos do assoalho pélvico. A função dessas estruturas é sustentar a bexiga e a uretra, fechando a pelve e apoiando as vísceras em posição vertical. Então quando a postura correta da região pélvica se encontra em harmonia, as estruturas são capazes de manter o tônus e a contração muscular frente ao aumento súbito de pressão abdominal.
Por outro lado, o desequilíbrio na ação dessas estruturas pode levar a um déficit da musculatura perineal e colaborar negativamente para a continência, gerando o que chamamos de incontinência urinária (IU).
A incontinência urinária (IU), segundo a Sociedade Internacional de Continência (ICS), é definida como a perda involuntária da urina pelo óstio uretal externo, secundária ao aumento da pressão abdominal na ausência de contração do detrusor, ou seja, é qualquer perda de urina sem controle ou possibilidade de suspensão pelo humano.
A IU atinge principalmente mulheres aos 50 anos (após a menopausa) aumentando as ocorrências com a idade. Sua incidência varia conforme o tipo e definição, onde os mais comuns são incontinência urinária de esforço e de urgência.
O aumento da expectativa de vida do século XXI, e consequentemente de mulheres de meia idade, aumenta o predomínio de números de casos de IU, onde muitas não serão diagnosticadas por falta de tratamento e por acreditarem ser uma condição normal do processo do envelhecimento, ou por se sentirem constrangidas em falar com os familiares, amigos e mesmo com um profissional da saúde. A IU não afeta somente aspectos físicos, como também o social, psicológico, ocupacional, doméstico e sexual, sendo que, a IU era apenas um sintoma até 1998, passando então a ser considerada doença nas Classificações Internacional de Doenças (CID/OMS).
Segundo as estimativas a IU atinge cerca de 30% a 40% de mulheres na meia idade e 50% na terceira idade: Geralmente os pacientes apresentam diferentes características em relação ao tipo de incontinência urinária, tais como: Frequência, gravidade, modificações na higiene e qualidade de vida e atitudes adotadas para conter a perda de urina. E por ser um caso que geralmente traz um certo constrangimento para a mulher, ainda mais pela falta de informações, somente metade das mulheres buscam os serviços de saúde a procura de tratamento.
Como tratar a Incontinência Urinária?
Uma das técnicas mais difundidas de reabilitação dos casos de incontinência urinária é a cinesioterapia do assoalho pélvico, um tipo de fisioterapia específico para as estruturas dessa região.
Este tipo de tratamento em casos específicos de incontinência urinária de esforço tem como princípio a realização da contração repentina, aumentando a força da musculatura, e consequentemente, a continência através da ativação da atividade do esfíncter uretral, promovendo um melhor suporte do colo vesical, estimulando contrações reflexas desses músculos durante as atividades diárias.
Importante: Antes de iniciado o tratamento deve-se conscientizar a paciente em relação ao seu assoalho pélvico e a contração perineal, gerando melhor compreensão dos exercícios, sendo necessário que o cliente tenha uma força muscular grau 2, no mínimo.
Os exercícios respiratórios devem estar associados à tomada de conscientização e ao reequilíbrio postural. O paciente é orientada a realizar a expiração junto com a contração do MAP (músculos do assoalho pélvico), pois algumas pessoas se mantem em apneia durante a contração, podendo diminuir o retorno venoso ao coração e elevar a pressão arterial, dificultando também o treinamento de oclusão uretral diante da tosse. O tempo ideal para a conscientização são em torno de duas sessões.
A respiração diafragmática é usada em conjunto com os exercícios perineais uma vez sabendo que há uma relação entre diafragma respiratório e o períneo.
Exercícios perineais associados com exercícios posturais buscam devolver às estruturas perineais o perfeito equilíbrio, liberando tensões musculares, desenvolvendo a percepção dos diferentes grupos musculares perineais fazendo com que a paciente tenha uma melhora do controle voluntário das estruturas e da conscientização da contração muscular perineal, devolvendo sua função normal bem como a melhora na qualidade de vida .
O tratamento é realizado com acompanhamento do fisioterapeuta, mas também deverá ser feito pelo paciente em sua casa, através de exercícios domiciliares e reeducação vesical com a função de manutenção e melhora da consciência da contração muscular perineal.
Pilates no tratamento da Incontinência Urinária
O Pilates é uma alternativa no tratamento da incontinência urinária, pois a técnica trabalha a harmonia e consciência corporal, o controle e a precisão dos movimentos, a respiração, a reeducação da postura, fortalecendo e alongando os músculos.
Os exercícios são para o corpo todo, mas no caso, a principal atenção será fortalecer a região do assoalho pélvico e abdômen, uma vez que um dos principais objetivos da técnica é fortalecer o centro de força, que inclui a musculatura abdominal, os músculos da coluna e também a musculatura do assoalho pélvico pela maneira que os músculos e ligamentos desta região se conectam com o sistema nervoso central dos músculos abdominais profundos. Além de ser uma alternativa eficaz de tratamento também pode ser usada como método preventivo para a incontinência urinária.
Vale lembrar que ao perceber algum sintoma relacionado com a incontinência urinária, o fisioterapeuta deve ser procurado para que o paciente tenha um diagnóstico preciso e com isso um tratamento específico e eficiente.
O tratamento da Incontinência urinária ainda pode incluir cirurgias e medicamentos, dependendo do tipo e do grau da incontinência.
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