Para falar de Pilates na gestação nós vamos começar pelo final. Isso porque a maioria das mulheres tem demonstrado uma enorme preocupação em como ficará seu corpo após o nascimento do bebê. Muitas procuram os serviços de Pilates para retornar seus corpos “ao normal” e mais do que isso para que sintam seus corpos novamente como “seus”.
Vamos falar do despertar do corpo da nova mulher através do pilates.
Iniciaremos na fase do puerpério remoto, aquele período variante após o 45°dia da data do parto. O puerpério é um período cronologicamente variável, de âmbito impreciso, aonde acontece à recuperação da genitália materna após o parto (Resende& Montenegro- 1982). É especialmente nesse período que a mulher sente as alterações em seu corpo e sente que seu corpo não é mais o mesmo.
Para o processo de inserção desta puérpera em alguma atividade corporal, seja ela qual for, precisamos estar atentos a vários fatores. Aqui nós vamos abordar um dos principais que é o “Despertar do Abdômen” desta mulher.
Essa musculatura se encontra em sua maioria das vezes fraca devido ao seu alongamento durante a gestação. Ficaremos atentos, principalmente, para a função dessa musculatura, saber como está de fato e se teve uma diástase do músculo do reto abdominal significativa.
A mudança da postura, devido ao deslocamento do centro de gravidade prejudica o vetor de força do muscular numa visão biomecânica. Ocorre um alargamento da linha Alba, os músculos abdominais sofrem alterações, sendo a principal a musculatura do reto abdominal. O músculo é distendido, se separa em sua face medial, surgindo aí a tão temida diástase. A diástase em um grau elevado é um dos maiores medos das gestantes. Mas ao que se sabe é que ela tem certa funcionalidade, se nosso músculo do reto do abdome não fosse separado em gomos com uma linha de tecido conjuntivo no meio entre eles ,ao aumentar o volume do abdome durante a gestação e na respiração, as fibras musculares se romperiam, portanto é graças a esta capacidade elástica que traz esta funcionalidade do retorno após este estiramento. A diástase supra umbilical tende a ser maior que a infra umbilical devido ao seu desenho anatômico.
DICA: Um Oblíquo muito retesado pode vir a tracionar as fibras do reto do abdome causando um aumento desta diátese ou a dificuldade em fazê-la reduzir na fase de despertar abdominal.
No puerpério a musculatura abdominal apresenta-se fraca, dificultando a ação de seu principal papel, o de sustentação da coluna, o que prejudica toda a fase inicial da tarefa de ser mãe, uma vez que a partir daquele momento, ela passará boa parte do tempo sustentando seu filho em seus braços.
A involução do útero acontece cerca de quinze dias após o parto e a força muscular leva até seis semanas a seis meses após o parto (Thomson et al, 1994).
A respiração durante a gestação é modificada por vários fatores, sendo eles hormonais, anatômicos e biomecânicos. O músculo principal da respiração, o diafragma, se eleva em sentido cranial em torno de cinco centímetros, tornando-se mais alongado que o normal.
Todas essas alterações sofridas pela mãe durante a gestação e durante esse período do puerpério, levam-nos a acreditar que hoje há uma real necessidade de cuidar da saúde dessa mulher assim que se encerrada sua gestação.
Para um atendimento cuidadoso e completo podemos optar pelo método Pilates, uma das técnicas mais completas de tratamento físico e emocional do mercado mundial e que ano após ano vem mostrando os benefícios para a saúde feminina.
O objetivo do pilates é minimizar as dores causadas por estas modificações e tratar as possíveis disfunções apresentadas.
Neste primeiro momento, pós-parto, iniciamos uma orientação na prática dos exercícios propostos com enfoque na musculatura abdominal e na respiração, realizando com isso uma organização e reeducação postural e auxiliando no retorno das atividades de vida diária.
Os exercícios isométricos são mais indicados nessa fase, pois trabalham fibras de contração lentas e equilibram as pressões intra-abdominais associados à respiração.
Alguns dos exercícios indicados nesta fase são:
- Ativações através do treinamento respiratório: deitada em D.D concentra a respiração com ênfase de contração de músculos abdominais na expiração mobilizando as costelas.
- Cat stretch, para mobilizar a coluna vertebral e alongar os oblíquos.
- Mermaid – No solo com acessório, Cadilac, ou reformer para relaxamento e alongamento de da cadeia lateral,alonga os músculos intercostais,mobiliza a caixa torácica deixando-a mais flexível , o que auxilia no treinamento respiratório.
- Fase inicial do Rowing back – para ativação correta da musculatura de reto abdominal, com ênfase em trabalho da coluna em”C” e ativação de Power House.
- Fase inicial do Swimming para despertá-lo abdominal. “Movimento de Flecha “.A percepção da ativação muscular abdominal em DV muitas vezes é melhor perceptível com contato com o solo, além de ativar os extensores da coluna para organizar também a postura que permaneceu anteriorizada por alguns meses e durante a amamentação.
Todo trabalho do Pilates durante a gestação é extremamente importante, mas o cuidado com a gestante não termina após a chegada do bebê, dê continuidade ao trabalho com ela, desta forma todo processo de recuperação é muito mais completo e eficaz. Assim, participamos ativamente da rede apoio.
Quer saber sobre Pilates na gestação? Acompanhe nossos posts e veja as dicas da fisioterapeuta Eveline Chaves
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